Série Evangelho segundo o espiritismo - Meu reino não é deste mundo (Cap. 2)

Em tempos mais remotos

O homem não entendia

A mente não alcançava

O que o Mestre dizia

Saber da vida futura

Só pra mente mais madura

E o homem não possuía

Época em que se sabia

Somente os dez mandamentos

Ele não pode ir longe

Com os seus ensinamentos

Viu nossa limitação

E adaptou sua lição

Aos nossos conhecimentos

Na Judéia dessa época

Local por onde Ele andava

O povo até que ouvia

Porém não acreditava

Achavam muito esquisito 

O que por Ele era dito

Mesmo assim Ele falava

Sempre com doces palavras

E o seu coração fraterno

Foi trazendo pouco a pouco

Entendimentos modernos

Falou que o corpo perece

E o espírito permanece

Posto que ele é eterno

Mesmo no seu flagelo

Indo a caminho da cruz

Manteve a serenidade

Como sempre foi Jesus

Deus repelido da terra

Aquela missão se encerra

O homem expulsou a Luz

Eu sou rei, falou o Mestre 

Mas o sou em outro mundo

Pilatos não entendeu

Em menos de um segundo

Frente ao Nosso Senhor

Suas mãos ele lavou

Foi um engano profundo

Para ingressar no meu reino

Precisa ter humildade

Amor acima de tudo,

Saber amar de verdade

Não basta apenas ter fé

O grande segredo é:

Dedicar-se a caridade

Ele deixou bem claro

Espécie de conclusão:

Tudo que possuímos 

Na terra é ilusão

É puro material

Do mundo espiritual

Pra prova ou expiação

Por Jesus foi explicado,

Deu-se um passo inicial

Que a terra é extensão

Do mundo espiritual

E também foi ensinado

Qual real significado 

Do mundo material

O aprendizado mesmo

Na sua totalidade

Só quando desenvolvida

A nossa capacidade

Depois Deus nos enviou

O nosso Consolador

Que completou a verdade

Deu provas irrefutáveis

Sobre reencarnação

Que viemos e voltamos

Cumprindo nossa missão

Nascer, viver e morrer

E novamente nascer

Buscando a evolução

E para dar amplitude

E pôr-nos mais adiante

Falou-nos da Lei do amor

Disse-nos como ir avante

E que a evolução está

Para quem souber amar

A Deus e ao semelhante

▬ Antonio Borges, 2019